Aplicações terapêuticas de psicodélicos, incluindo tratamentos para depressão, ansiedade e transtornos de dependência

Ao longo das últimas décadas, os psicodélicos têm sido utilizados em aplicações terapêuticas para tratar uma variedade de transtornos mentais, incluindo depressão, ansiedade e transtornos de dependência. Embora muitas vezes associados a experiências recreativas, essas substâncias têm mostrado um grande potencial para ajudar a melhorar a saúde mental dos pacientes.

Um dos psicodélicos mais estudados em aplicações terapêuticas é a psilocibina, uma substância encontrada em certos tipos de cogumelos. Vários estudos têm mostrado que a psilocibina pode ajudar a reduzir a depressão e a ansiedade em pacientes que sofrem de câncer terminal e outras doenças graves. Por exemplo, um estudo realizado na Universidade de Nova York descobriu que pacientes com câncer que receberam psilocibina relataram uma redução significativa nos sintomas de depressão e ansiedade em comparação com aqueles que receberam um placebo.

Além disso, a psilocibina tem sido estudada como um tratamento para o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Um estudo realizado pela Universidade de Zurique descobriu que a psilocibina ajudou a reduzir os sintomas do TEPT em pacientes que não responderam a outras terapias convencionais.

Outro psicodélico que tem sido estudado em aplicações terapêuticas é o LSD. Embora tenha sido amplamente utilizado na década de 1960, o LSD foi proibido na maioria dos países do mundo na década de 1970. No entanto, recentemente, tem havido um ressurgimento do interesse em seus usos terapêuticos. Vários estudos têm mostrado que o LSD pode ser eficaz no tratamento de transtornos de dependência, como o alcoolismo.

Por exemplo, um estudo realizado na Universidade de Zurique descobriu que o LSD ajudou a reduzir o consumo de álcool em pacientes com transtornos de dependência alcoólica. Outro estudo realizado na Universidade de British Columbia descobriu que o LSD ajudou a reduzir os sintomas de ansiedade e depressão em pacientes com transtornos de dependência de substâncias.

Além disso, o MDMA, ou ecstasy, tem sido estudado como um tratamento para o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Vários estudos têm mostrado que o MDMA pode ajudar a reduzir os sintomas do TEPT em pacientes que não responderam a outras terapias convencionais. Por exemplo, um estudo realizado na Universidade de Charleston descobriu que o MDMA ajudou a reduzir os sintomas do TEPT em pacientes que sofreram abuso sexual na infância.

No entanto, é importante notar que os psicodélicos são substâncias poderosas e devem ser usados apenas sob a supervisão de profissionais treinados. Além disso, muitos dos estudos que mostram o potencial terapêutico dos psicodélicos foram realizados em um ambiente controlado e com um número limitado de participantes.

Além disso, a legalidade dos psicodélicos em muitos países pode ser um obstáculo para sua utilização terapêutica em larga escala. No entanto, alguns países, como o Brasil e a Holanda, permitem o uso terapêutico de certos psicodélicos em casos específicos.

Embora ainda haja muito a ser descoberto sobre as aplicações terapêuticas dos psicodélicos, essas substâncias têm mostrado um grande potencial para ajudar a melhorar a saúde mental dos pacientes. 

Em um mundo onde a depressão, a ansiedade e os transtornos de dependência são tão comuns, é importante continuar a pesquisar essas alternativas terapêuticas potencialmente eficazes.

Além disso, o uso de psicodélicos na terapia pode oferecer uma perspectiva diferente e única para pacientes que podem ter tentado outras terapias sem sucesso. Essas substâncias podem ajudar os pacientes a verem seus problemas de uma maneira diferente e a desenvolverem uma nova perspectiva em relação a suas vidas.

Referências:

https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2022/11/por-que-cientistas-querem-tratar-doencas-com-drogas-psicodelicas

https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/terapias-psicodelicas-podem-virar-o-jogo-no-tratamento-de-doencas-mentais/

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